Segundo a EF Education First, o Brasil tem nível mais fraco de inglês do que países como Vietnã e Nigéria. Mas isso não vale para todas as regiões do país.
São Paulo — O Brasil caiu da 40ª para a 41ª posição em novo ranking de proficiência em inglês divulgado recentemente pela EF Education First. Com essa classificação, o país se enquadra na categoria de “baixa proficiência” na língua.
A queda do Brasil foi registrada apesar de termos obtido uma nota (51,92) um pouco acima da registrada no ano passado (50,66). Com a nota, ficamos atrás de países como Nigéria (31º) e Vietnã (34º), e em último lugar entre os BRICS.
Feito anualmente, o estudo avaliou mais de 1 milhão de adultos que não têm o inglês como idioma nativo. Foram aplicados testes online de gramática, leitura e compreensão em mais de 80 países e territórios.
Desde a criação do ranking, o Brasil sempre esteve no grupo de proficiência “baixa” — exceto em 2012, quando caiu para a categoria “muito baixa”. Para alcançar o grau “moderado”, o país precisaria subir quase dois pontos no índice.
Estamos em 4º lugar na América Latina — que ainda está abaixo da média global, apesar da melhora no desempenho da Colômbia e do Panamá. Apesar de ter obtido uma pontuação inferior à do ano passado, a Argentina é a melhor da região nesse quesito.
Embora o Brasil tenha sido enquadrado na categoria de “baixa proficiência”, nem todas as regiões foram tão mal no teste. O Distrito Federal obteve a melhor nota do país (53,73), com nível de domínio considerado “moderado”, assim como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
O Mato Grosso ficou com a pior nota entre os estados brasileiros (45,40), quase dois pontos abaixo do Amazonas (47,23), penúltimo colocado do ranking nacional.
Veja a seguir a comparação entre 18 das 27 unidades federativas que entraram na avaliação. Os estados ausentes na lista não tiveram a quantidade mínima de participantes para ter relevância estatística:
UF | Pontuação | Faixa de proficiência |
Distrito Federal | 53,73 | Moderada |
Rio Grande do Sul | 53,06 | Moderada |
Paraná | 52,94 | Moderada |
São Paulo | 52,89 | Moderada |
Santa Catarina | 52,6 | Moderada |
Mato Grosso do Sul | 52,48 | Baixa |
Rio de Janeiro | 52,21 | Baixa |
Minas Gerais | 51,03 | Baixa |
Ceará | 50,89 | Baixa |
Maranhão | 50,88 | Baixa |
Pernambuco | 50,56 | Baixa |
Espírito Santo | 49,96 | Baixa |
Paraíba | 49,18 | Baixa |
Pará | 48,5 | Baixa |
Rio Grande do Norte | 48,45 | Muito baixa |
Bahia | 48,42 | Muito baixa |
Goiás | 48,24 | Muito baixa |
Amazonas | 47,23 | Muito baixa |
Mato Grosso | 45,4 | Muito baixa |
Ranking geral
Na comparação global, o 1º lugar ficou com a Holanda, cujo grau de proficiência é avaliado como “muito alto”, enquanto o último ficou com o Laos, cujo grau de domínio do idioma é considerado “muito baixo”.
A Europa lidera o ranking, com 8 países nas 10 primeiras posições. Já o Oriente Médio concentra os países com pior desempenho no teste.
De forma geral, as mulheres falam inglês melhor do que os homens, e os mais jovens têm nível de proficiência superior ao dos mais velhos.
O conhecimento do inglês também é diretamente proporcional ao desenvolvimento econômico e social de cada país: aqueles com maior domínio da língua tendem a ter maiores níveis de qualidade de vida, renda per capita e investimento em inovação.
Fonte: Você S/A – Cláudia Gasparini